quarta-feira, 26 de março de 2014

GOTTSHA em DISCOTHEQUE

GOTTSHA 
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – 26/03/2014
Um convite aos áureos tempos das discotecas que imperavam no seio dos jovens dos anos 70 como a maior fonte de descontração e festividade. O ritmo embalado dos dancings que tremulavam nas empolgantes canções de Elton John, Donna Summer, Michael Jackson, ABBA e outros. Gottsha traz a tona todo esse deslumbre e faz desse espaço cultural um clima de verdadeiro “Dancing Days”, com direito de até poder ser tirada para dançar por algum voluntário da platéia. E foram dois os cavalheiros que se ofereceram.
O dinamismo da artista é surpreendente nessa festa. Canta, dança, empolga e embala. Ela brilha e leva o público para brilhar consigo com as recordações e vivências dessa época. Um rejuvenescimento instantâneo. Uma passagem marcante e inesquecível, um tributo a década dos Embalos de Sábado à Noite.

terça-feira, 25 de março de 2014

4 CABEÇAS

GABRIEL MOURA – ROGÊ – LUIS CARLINHOS e MAURÍCIO BAIA
Teatro Sesc Ginástico – 25/03/2014

Quando um artista talentoso dispõe de sua fértil imaginação para construir pode-se reconhecer o valor, a seriedade e o empenho que ele dá a sua obra. Mas quando quatro artistas munidos desse mesmo atributo se juntam essa realidade aumenta. A obra frutifica, se expande e não há limites no universo da criação. É assim que podemos delinear o trabalho de 4 Cabeças. Cada integrante com sua característica e habilidade. Cada qual com sua distinção, porém quando reunidos essa força quadriplica, superam expectativas e mergulham as cordas em sonoridades de tal forma envolventes que se torna difícil parar de apreciar. Os versos são diretos, realistas ou prazerosos. As 4 Cabeças se fazem Mil. A qualidade é de extremo bom gosto e a aceitação do público, claro, é de francos aplausos. 

quinta-feira, 20 de março de 2014

RAQUEL COUTINHO

RAQUEL COUTINHO
Sala Funarte Sidney Miller – 20/03/2014

Com um repertório, em grande parte autoral, Raquel delineou um show típico das festas mineiras tradicionais, mixado aos efeitos da música eletrônica. O resultado pode-se traduzir numa riqueza de sonoridade e de bom gosto. É grande também o poder de percussão e de voz da artista. Os “grooves” trazem para o seu universo uma prioridade, uma característica, um ornamento. A Caixa do Divino é seu instrumento. A folia, o reisado e outros ritmos de festejos ganham formato moderno, ampliando timbres e formulando linguagens. Seu canto é imperativo, direto, eficaz. Sua presença é marcante e seu trabalho é sedutor. Brilhante!!!

sábado, 15 de março de 2014

LOS CUATRO

RUI ALVIM - NAOMI KUMAMOTO - PEDRO ARAGÃO - LUIS BARRUETO e SERGIO VALDEOS
Sala Baden Powell – 15/03/2014
Um pedaço do Peru, Brasil, Portugal e Japão se agrupam em prol da ampliação da música latina. As sonoridades urbanas tomam formas e moldes diferentes sem perder a naturalidade e a linguagem musical de cada gênero. A valsa criolla (Peru), o bambuco (Colômbia), o joropo (Venezuela), o pasillo (Equador) entre outros ritmos andinos e caribenhos são associados ao choro, o rico estilo brasileiro, ou melhor, carioca, de música.
Essa nova maneira de ouvir a música latina renovada por arranjos que atuam nessa mistura de costumes e de raças deixa no ar o rastro do bamboleado brasileiro, atestando a excelente condição e a versatilidade de nossos artistas no que diz respeito à erudição, criação e intimidade com a música.
Los Cuatro lançou seu primeiro CD no ano passado com toque de primor. O frescor do Caribe e a fragrância do Atlântico se fundem exalando um perfume que penetra suavemente em cada nota, em cada acorde, em cada dedilhado, em cada sopro. O som popular elitizado, altivo, bem feito. Bravissimo!!!

sexta-feira, 14 de março de 2014

ERNESTO PIRES

ERNESTO PIRES
Sala Baden Powell 14/03/2014
Ernesto não é só um excelente sambista, é também professor de petroquímica, especialidade que explana a produção de derivados de petróleo, lecionando paralelamente a sua carreira musical. Ele também se faz palestrante quando o assunto é samba destacando sua origem e sua história.
Quanto ao trabalho de intérprete e compositor, ele nos dá uma mostra detalhada do seu 3º CD em parceria com o também professor Sergio Fonseca, chamado Terra Batida, um demochique, com o objetivo de "mostrar o trabalho autoral da dupla, dirigido ao público de profissionais e amante da música popular". Os aúdios e as letras já se encontram disponíveis no site www.ernestopires.com.br/terra-batida01.php.
O sambista possui um jeitinho próprio de interpretação do malandro brasileiro. O gingado, o linguajar e a malícia gostosa e matreira do “bon vivant”, acrescentam um sabor especial à arte do samba brasileiro.
Mas Ernesto não pisa no palco sozinho, ele traz consigo um grupo formado por instrumentistas qualificados e renomados, onde se destacam nomes como Marcelo Bernardo nos sopros, Tiago Machado no cavaco e Evandro Lima no violão 7 cordas, além de 3 grandes percursionistas. Para os que não o conhece, vale à pena experimentar!!!

quinta-feira, 13 de março de 2014

LEILA PINHEIRO

LEILA PINHEIRO
Sala Funarte Sidney Miller – 13/03/2014
Uma paraense que conquistou o coração do público brasileiro. Estudante do 2º ano de medicina que interrompe a faculdade para dedicar-se absolutamente a música, resolução venturosamente correta. E é nesse mesmo estabelecimento, Sala Funarte, no ano de 1983, que Leila faz sua estréia no Rio de Janeiro ao lado do cantor e compositor Sérgio Ricardo.
Hoje Leila abre o show com essa lembrança e apresenta um repertório arranjado com voz e piano sintetizando toda a sua carreira. Um apanhado dos seus 18 discos acrescentando também músicas inéditas. O tema de suas canções é o amor. O amor em potencial, sendo exaltado em todas as suas formas, direções, conseqüências e vitórias. Uma linda apresentação, onde a voz privilegiada da artista e o lirismo de suas canções imperam. Bravo!!!

terça-feira, 11 de março de 2014

SORAYA RAVENLE - MARCELO CALDI e EDU KRIEGER

MARCELO CALDI – SORAYA RAVENLE e EDU KRIEGER
Teatro Sesc Ginástico – 11/03/2014
As canções plangentes, inebriantes e as respostas amargas dos amores fracassados de Lupicínio Rodrigues são cantadas nesse espetáculo por Soraya, que revive os desencontros do autor aflorando dores de cotovelo e apunhalando corações, agraciada por uma voz surpreendente e uma interpretação primorosa, resultante da ampla experiência da artista e a vasta intimidade com o palco, que a faz transitar por ele aproveitando todos os ângulos descritos com movimentos serenos e elegantes. E em duo com Marcelo, que além do canto, intensifica todo esse clima nostálgico através dos elaborados arranjos que ressoam das teclas, ora do piano, ora do acordeão.
Edu também tem seu grande momento no espetáculo. Nasceu e cresceu em ambiente musical e Lupicínio foi uma das grandes referências do artista. E isso é evidenciado em suas composições onde enfatiza a crônica urbana, o cotidiano e o enredo aventureiro do boêmio.
Enfim, um show que deve ser assistido por todos que armazenam a boa música na alma. Sabor da Música recomenda e aplaude de pé!!!